Presidente
abre Assembleia Geral com
críticas a planos baseados em cortes de gastos, que geram desemprego
Ela defendeu a criação do Estado palestino, condenou a repressão à Primavera Árabe e disse que todos violam direitos
Ela defendeu a criação do Estado palestino, condenou a repressão à Primavera Árabe e disse que todos violam direitos
Em seu evento mais importante até
agora perante a comunidade internacional, a presidente Dilma Rousseff criticou ontem a estratégia de
combate à crise econômica adotada pelos países ricos, baseada em corte de
gastos.
Por tradição, cabe ao Brasil o
primeiro discurso, e foi a primeira vez que isso foi feito por uma mulher.
"É com justificado
orgulho de ser mulher que vivo este momento." Numa fala de 25
minutos, ela bateu duro nos países ricos, o que lembrou o que seu antecessor,
Lula, fazia muito.
APLAUSOS
Dilma cobrou o reconhecimento do Estado palestino. "Lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o pleno ingresso da Palestina na ONU", disse. Ela defendeu apoio à Primavera Árabe, mas sem tirar dos cidadãos locais a condução da transição.
Dilma condenou repressões a populações civis, referência oblíqua ao que ocorreu na Líbia e ocorre na Síria.
Ao mesmo tempo, afirmou que intervenções externas devem ocorrer em situações extremas e que por vezes elas "agravam conflitos". Voltou a pedir que o Brasil tenha assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Também disse que "todos os países, sem exceção", violam direitos humanos, dando a entender que os EUA também. "Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, justiça, direitos humanos e liberdade", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário