6 de setembro de 2011

Atualidades - Migrações religiosas no Brasil

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A revista ISTOÉ divulgou recentemente dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, que mostra que os brasileiros estão migrando cada vez mais de religião, deixando o neopentecotalismo e conhecendo o islã.

Mudança religiosa. Uma realidade no Brasil
    2,9%. Este é o número de brasileiros que se dizem evangélicos no Brasil, mas que não praticam sua fé, ou seja, carregam a denominação e os princípios básicos da crença, todavia não vão à Igreja ou então pertencem a um determinado grupo evangélico.
     O dado é revelado pelo POF, Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado pela revista ISTOÉ com exclusividade. O mais impressionante nele é a revolução que seis anos causaram na fé evangélica: na última pesquisa apenas 0,7% dos seguidores da doutrina não frequentavam nenhum templo, algo um tanto atípico para uma denominação tão fiel como a evangélica, que é composta em sua maioria por migrantes de outras religiões. Em números exatos são quatro milhões a mais de brasileiros nesta condição, o que há seis anos eram 1,2 milhão de brasileiros evangélicos não praticantes, hoje são 5,2 milhões.
    A explicação para este fato se dá na composição da crença evangélica: a maioria dos seguidores é de ex-católicos que procuravam autoafirmação e encontraram-na nos templos protestantes, pentecostais ou neopentecostais. Estes, de certa forma, continuam a profetizar sua fé, porém aqueles que nasceram desta revolução religiosa, da explosão da religião evangélica, e que foram criados como evangélicos estão, de certa forma, cansados da religião e por isso mantêm sua denominação, mas não a praticam.
     Além disso a mídia, nestes seis anos, ganhou muito mais força no Brasil e o que no passado era composto apenas pelos padres, pastores hoje pode ser feito pelos artistas e esportistas: o aconselhamento espiritual e a afirmação do pensamento. Não se busca mais o padre ou pastor para refletir sobre a vida, mas sim a rede social ou o “autoajuda” publicado pelo ídolo.
praticando-a os brasileiros podem estar experimentando novas crenças, buscando novas razões e opiniões que os faça bem e isto é perceptível quando se verifica o número de seguidores declarados do islamismo no Brasil.
Isso tudo vem implicando no crescimento e impedindo a proliferação das ideias religiosas e, ainda, na expansão da fé evangélica no país. A pesquisa não mostra, mas é bem provável que, professando uma fé, mas não 
     Esta situação de trânsito religioso é evidenciado em uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) através de seu Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris) que entrevistou 2.870 pessoas mostra que um quarto destas já haviam mudado de religião ao menos uma vez.
   Uma realidade brasileira que pode começar a alterar a maneira da população ver e viver o país, algo que merece atenção e precisa ser esclarecido, o que será nas páginas desta obra.