No primeiro discurso,
presidente afirma que pobreza "envergonha o
país" e defende reformas política e tributária
Dilma Rousseff tomou
posse ontem como a primeira
presidente mulher do Brasil. Aos
63 anos, a ex-militante de esquerda e ex-presa política foi declarada empossada
às 14h52 por José Sarney (PMDB-AP), antigo apoiador da ditadura militar. Ela
dedicou a vitória aos que "tombaram pelo caminho" durante a
repressão. "Não tenho qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou
rancor." O primeiro discurso teve como mote a afirmação de que seu
antecessor e padrinho político promoveu o "despertar de um novo
Brasil" e "o maior processo de afirmação" que o país viveu.
Na economia, prometeu a
estabilidade de preços. "Podemos ser, de fato, uma das nações mais
desenvolvidas e menos desiguais do mundo -um país de classe média sólida e
empreendedora." Dilma reafirmou compromissos com as liberdades
individuais, religiosas, de imprensa e opinião, que provocaram polêmicas na
campanha. "Reafirmo
que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras."
Prometeu continuar junto aos
"irmãos africanos e da América Latina", mas também
"aprofundar" as relações com EUA e Europa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário