A Primavera Árabe,
iniciada em janeiro na Tunísia, despertou novamente. Os governos interinos
enfrentam protestos pela demora em implementar reformas.
O RESUMO DA PRIMAVERA ÁRABE
04.01 – Funeral do tunisiano Mohamed Bouazizi
que ateou fogo ao próprio
corpo em dezembro de 2010, em protesto contra a policia atrai milhares de pessoas. Tem
início os protestos no país.
14.01. – Após 10 dias de confrontos entre manifestantes e
militares na Tunísia, o ditador
Ben Ali renuncia e foge para a Arábia Saudita.
25.01. – Começa a crise no Egito. No “Dia de Fúria” milhares vão as
ruas para exigir a saída de Hosni Mubarak.
11.02. – Após 30 anos no poder o ditador egípcio não resiste à pressão popular
e renuncia após 30
anos de poder.
15.02 – Dois mil manifestantes protestam em Benghazi, na Líbia, por causa da
detenção do ativista de direitos humanos Fethi Tarbel.
26.02 – A ONU aprova sanções contra Gaddafi,
bloqueia os seus bens no exterior e impõe o embargo das armas.
16.03 – Início na Síria: forças de segurança prendem 150
manifestantes que pediam a libertação de parentes em Damasco.
19.03 – Começa a intervenção militar internacional contra as forças
de Gaddafi. Um semana depois, a
OTAN assume as operações.
19.03 – Egípcios vão as urnas pela primeira vez depois da
queda de Mubarak e, com 77% dos votos, aprovam a reforma da Constituição.
23.05 – União Européia aplica sanções a Bashar Assad e
mais nove membros do governo
sírio.
03.08 – Tem inicio o julgamento de Hosni Mubarak
no Egito. Doente, ele chega de maca ao tribunal, e é mantido preso em uma
jaula.
21.08 – OTAN bombardeia o quartel general de Gaddafi e um
aeroporto em Trípoli. Os rebeldes dizem ter tomado ao menos 90% da capital;
paradeiro do ditador é desconhecido.
RESUMO DA
PRIMAVERA ÁRABE
As
manifestações resultaram na derrubada
de dois chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita
em 14 de janeiro,
na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; e no Egito,
o presidente Hosni Mubarak
renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de
protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos.
Durante este período de
instabilidade regional, vários
líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria
tentar se reeleger em 2013,
terminando seu mandato de 35 anos.[25]
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir
também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015.
A revolução democrática
árabe é considerada a primeira grande onda de protestos laicistas
e democráticos
do mundo árabe
no século XXI.
Estes regimes, nascidos
dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950
e 1970, foram se convertendo em governos
repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio
preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.
Estas revoluções não
puderam ocorrer antes, pois, até
a Guerra Fria,
os países árabes submetiam seus interesses nacionais aos do capitalismo
estadunidense e do comunismo
russo. Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas
nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo
processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no
final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande
presença as redes sociais,
que em 2008 se impuseram na internet.
Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de
desenvolvimento da União Europeia.[38]
A maioria dos protestantes
são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome
"Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao
contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior.
O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão
por outras partes do mundo árabe.
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