Para
a CIA, central de inteligência dos EUA, “quase certamente” a rede terrorista Al Qaeda tentará vingar a morte de
seu líder.
Bin Laden foi morto na casa que
vivia em Abbottabad, no
Paquistão. Numa operação de 40 minutos, 20 agentes invadiram o imóvel e,
na troca de tiros, o terrorista foi morto.
A eliminação do mentor do 11 de Setembro -com quase 3.000 vítimas, o mais
letal ataque estrangeiro nos EUA- foi comemorada no país com constrangedora euforia.
Obama era acusado de ser um comandante em chefe
titubeante e fraco. Ao anunciar a morte de Bin Laden, ele reivindicou o sucesso da
persistência na busca do terrorista e conclamou à volta do "sentido
de unidade" que tomou o país dez anos atrás. Obama foi sóbrio o
suficiente, porém, para não declarar vitória final em seu pronunciamento.
O FIM DA CAÇADA
20.09.2001- GUERRA
AO TERROR
– Em discurso Bush lança oficialmente a “guerra ao terror”, pregando a perseguição a Al Qaeda e seus
líderes e outros grupos considerados terroristas.
07.10.2001- GUERRA
DO AFEGANISTÃO – EUA lançam ofensiva
contra o regime do Taleban no Afeganistão,
desalojando o grupo do poder e dando inicio a um conflito que dura até hoje.
29.01.2002- EIXO DO
MAL – Em
discurso a nação, Bush lança a idéia do “Eixo do Mal”, formado por Irã, Iraque e Coréia do Norte,
e reafirmando a doutrina de “guerra ao terror”.
20.09.2002 – DOUTRINA
BUSH –
EUA lançam oficialmente a Doutrina Bush, que prevê ações preventivas contra Estados hostis e
rejeita desafios à sua supremacia militar.
20.03.2003 – GUERRA
DO IRAQUE
– Baseados numa ligação
inexistente entre Saddam Hussein e a Al Qaeda e a posse de armas de destruição em massa
pelo país, EUA invadem o
Iraque.
19.08.2003 – ONU
NO IRAQUE
– Caminhão-bomba explode
na base da ONU em Bagdá,
matando 27 pessoas, entre elas o brasileiro Sergio Vieira de Mello, chefe da
missão.
11.04.2004 – ATAQUE A MADRI – Série de explosões no metrô da capital da Espanha
deixa 191 mortos e cerca de 1800 feridos.
02.11.2004 – REELEIÇÃO
DE BUSH –
Com a popularidade em alta,
Bush é reeleito presidente dos EUA.
07.07.2005 – ATAQUE
A LONDRES
– Quatro homens bombas mataram 52 pessoas na capital britânica ao detonar explosivos em três
estações de metrô e um ônibus; ação foi reivindicada pela Al Qaeda.
04.11.2008 – ELEIÇÃO
DE OBAMA
– Barack Obama é eleito presidente dos EUA prometendo a retirada do Iraque, foco no Afeganistão, fechamento de Guantánamo e revisão da “Guerra
ao terror”.
01.05.2011- MORTE DE
BIN LADEN
DINHEIRO GASTO – 1,283 trilhão de dólares foi o montante aprovado
desde o 11 de Setembro para combate ao terror.
08.05.2011
UMA MORTE, MUITAS
QUESTÕES
INVADIR O PAQUISTÃO
PRÓ: Violação da soberania de um importante aliado
americano no combate ao terrorismo se justificou pela chance quase única de abater Osama bin Laden,
o homem mais procurado do mundo.
CONTRA: Ação estremece as relações com o
país e aumenta a pressão
popular dos paquistaneses contra um
governo aliados dos EUA.
OMITIR DO
PAQUISTÃO
PRÓ: Realizar a operação no mais
completo segredo foi necessário para evitar vazamento de informações, por meio de agentes
paquistaneses, que pusesse em risco à captura de Bin Laden
CONTRA: Ao não avisar Islamabad, os EUA
colocaram o poderoso serviço
secreto paquistanês sob suspeita de colaboração com terroristas e
constrangeram o aliado diante da opinião
pública.
MATAR BIN
LADEN
PRÓ: A execução dá aos EUA o trunfo da
morte do homem mais procurado do mundo, evita longo, custoso e arriscado processo judicial
e se justifica por se tratar de ameaça aos EUA.
CONTRA: A execução viola lei internacionais que exigem
julgamento com direito de defesa mesmo a terroristas e expõe os EUA à critica
de usar mesmos métodos em combate.
JOGAR O
CORPO NO MAR
PRÓ: Despejo do corpo do terrorista no
mar em menos de 24 horas permitiu
aos EUA alegar conformidade com princípios islâmicos e evita que se estabeleça
local de peregrinação e veneração.
CONTRA: Apesar do que disseram os EUA, medida contrariou os princípios
islâmicos, que exigem um enterro com a cabeça virada para Meca, e
motivou dúvidas sobre a morte de bin Laden.
LIBERAR
FOTO DO CORPO
PRÓ: Divulgação serviria para encerrar especulações sobre
uma suposta armação da morte de Bin Laden e atenderia a familiares de vítimas
de atentados que pedem para ver Bin Laden morto.
CONTRA: Decisão de não mostrar imagem foi justificada pelos EUA como forma de não incitar a
violência extremista que a usariam para pregar ataques e não impede que
morte seja confirmada.
Operação que abateu líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, deixa
vários pontos em aberto.
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